quinta-feira, 28 de outubro de 2010

.Au Revoir.

Quando verem este post, provavelmente já estarei viajando.
Acho que sou de lá.


Bom feriado.
Boa votação pra quem fica.
Camila quero te ver!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

.Um copo de cólera, era minha dose diária.


Um copo de cólera, era minha dose diária.
Tinha uma facilidade estupenda, como se o mundo desmanchasse a medida que seus dedos correria por entre as teclas brancas e pretas. Fechava meus olhos, e me imaginava numa vida que nunca fora minha, em dias chuvosos de novembro em que me deitava no chão da casa vazia, era minha, fria e vazia casa. Deitada de barriga pra cima, olhando para a janela embaçada pelas gotas da chuva, deixava o rádio ligado, ouvindo as mesmas notas que ele tocava. Nunca gostei de luzes, sempre pensava em tarde frias, eram as preditas, só com uma blusa de frio no corpo e os pés em meias, eu andava pela casa depois que minhas costas começavam a doer com frio do chão. Ia a cozinha, fazia um chá, sentava na cadeira sem a menor cerimônia, com os pés em cima da mesa, sempre olhando a janela, o vazio do quintal e sua grama verde.
Para ela solidão era uma escolha, não que a fizesse tão diretamente... era o modo como imaginava a vida que não lhe pertencia, a casa sempre vazia, ela tão cheia de si, que poderia dividir com o mundo se quisesse e mesmo assim teria para si. Sempre optava pela mesma possibilidade, a de não encontrar amor na vida, alguém pra dividir a cama, por muitos verões e invernos, seguidos sem interrupções, por que amores refeitos lhe parecia cansativo demais, pois já se sentia velha para muitas ocasiões.
Buscava, mas sempre achava os mais distantes, os que impossíveis de um futuro que talvez pudesse ser seu. Só encontra entre suas memórias os quartos vazios, da sua casa de chão cinzento, ela estendida no chão sempre olhando a as gotas de chuva que caiam na janela, até as suas costas doerem com frio.
Foi quando Jeff parou de tocar o piano, ela então abriu os olhos, e voltou a pedir que tocasse só mais uma vez. Ele então sorria e tocava mais uma vez, enquanto ela fechava os olhos. Só não entendia por que pedia para tocar, todas as manhãs a mesma música.

Stéfane Mesquita Paulo

terça-feira, 26 de outubro de 2010

.Possíveis versos de um livros.


Era difícil não tapar os olhos com o sol de meio dia, a rua estava deserta. O chão vermelho, refletia o calor, parecia que ia derreter o solado dos meus sapatos gastos. Nem a venda do Seu Manuel estava aberta, só havia urubus voando em círculos pelo céu azul sem sinal nenhum de nuvens. 6 meses e nada de chuva, nem previsão, o sol queimava a minha cabeça e tornava o caminho cada vez mais longo, a medida que ai chegando a casa de Maria, podia sentir a morte estralar seus dedos, esperando o próximo de sua lista infinda.
A casa estava cheia de gente, o cheiro insuportável de morte e flores, se misturavam com os suores das pessoas que tinham ido ver o defunto estendido na mesa. Fui aos fundos da casa, lá estava Maria em seu balanço de pneu, preso no galho seco da árvore. E nem pude disfarçar o nervosismo que sentia, todas as vezes que a via. Ela usava um vestido escuro, com marcas dos dedos sujos de poeira, seus cabelos longos e soutos, balançando na medida do vento.
Tive que esconder minha mãos ossudas e tremulas quando fui cumprimenta-la. Ela apenas balançou a cabeça e me levanto seus olhos triste. Foi a ultima vez que falei com Maria. Ela era prometida de João Serafino, filho do coronel que mandou a coroa de rosas, para o velório do pai de Maria. Uma das poucas lembranças detalhadas que me restam, em meus 85 anos de vida.

Eu gosto da chuva que vem com a primavera.
Da tardinha que se vai com dó na hora da despedida.
De como me sinto ao passar por debaixo das árvores, com suas flores vermelhas, derramando a água que acumulou da chuva.
Gosto do cheiro das boas lembranças que nunca existiram, do ar que entra nos meus pulmões e evoca paz interna, a minha liberdade inexplicável.
Gosto de como me sinto feliz por sentir tanto sentimento em apenas trinta minutos de caminhada.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010


Minhas pernas dilatavam, ainda pudia sentir o formato dos sapatos nos meus pés, o relógio apontava meio dia quando sentei no colchão, tinha dormido com a roupa do corpo.
Fui para o banheiro, podia sentir o impacto dos pés no chão, fazendo barulho na minha cabeça.
Tomei um banho, desembacei o espelho, vi minha cara de rebelde - como dizia a minha mãe, os olhos fundos, ainda tinha rímel nos olhos. Sorri ao lembrar que discuti com um cara, quando disse que preferia Janis Joplin a Elvis Presley, que ele tinha cara motoqueiro sem destino e mal educado por tirar o taco de sinuca das minhas mãos enquanto eu gritava com ele, já nem lembrando o porque da discussão.
Foi quando ele me puxou pela cintura, e me beijou e nem pude reclamar da sua cara de largado, com a barba mal feita, me olhei ainda sorria para mim mesma no espelho, rindo de minhas tolices. Até lembrar que ele tinha anotado o seu telefone na palma da minha mão.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Como foi lá.

Feira do Livro foi um saco gente,
1° que a organização do evento estava péssima
2° que eu não consegui conhecer o Zeca Baleiro.

Os stands estavam a milhas de distância uns dos outros e muitos deles fechados, o sebo em que fui era o único que possuía identificação nas prateleiras, o moço foi bem bacana me ajudou a achar uns dois livros do Gabriel, entre uns perdidos lá pela estante eu achei o Papillon e Tomates Verdes Fritos.

Comprei um CD do Zeca, mas nem consegui o altografo, o segurança disse que a fila já estava encerrada, o jeito foi sentar com o namo e ouvir MPB que o moço tava tocando no palco, eu lá olhando o Zeca de longe quando vem uma multidão e tira fotos com ele.
muita sacanagem...

Mas tá ai meninas, para a Naty e pra Cam:



sexta-feira, 15 de outubro de 2010

.Tchau!.

Tô indo viu, garimpar uns livros, ver se encontro uns grandes achados.


Vou ver o Zeca... Segunda eu volto e conto como foi.
Beijos bom final de semana

Look at the stars,
Look how they shine for you,
And everything you do,
Yeah, they were all yellow

I came along,
I wrote a song for you,
And all the things you do,
And it was called Yellow

So then I took my turn,
Oh what a thing to have done,
And it was all Yellow

Your skin
Oh yeah, your skin and bones,
Turn into something beautiful,
Do you know?
You know I love you so,
You know I love you so

I swam across,
I jumped across for you,
Oh what a thing to do
'Cos you were all yellow,

I drew a line,
I drew a line for you,
Oh what a thing to do,
And it was all yellow

Your skin,
Oh yeah your skin and bones,
Turn into something beautiful,
Do you know?
For you I'd bleed myself dry,
For you I'd bleed myself dry

It's true, look how they shine for you,
Look how they shine for you,
Look how they shine for...
Look how they shine for you,
Look how they shine for you,
Look how they shine...

Look at the stars,
Look how they shine for you,
And all the things that you do

Yellow - Coldplay

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

.Ele novamente e eu vou.

A junção de duas coisas que eu amo.
Música e leitura.


Feira do Livro em Brasília , e de canja Zeca Baleiro.

Lançamento do seu livro Bala na Agulha, segundo a organização é apenas lançamento, ele não vai cantar.
Torço os dedos para que não! hehehe
Canta Zeca!

Eu vou na sexta, mas o evento acontece até o dia 17
Local: Expo Brasília – Pavilhão de Feiras e Exposições – Parque da Cidade Sarah Kubitschek, Asa Sul, Brasília/DF
Entrada franca.
Bora?

É estranho quando se desempaca da saudade esquecida.
Quando amadurece a vontade.
Quando os sentimentos tomam rumos diferentes.
Os melhores diria...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010


Se fosse só sentir saudade

Mas tem sempre algo mais...


Era tudo que eu queria, teu sorriso tímido na barba mal feita.
As miudezas de detalhes que encontro pelo teu rosto.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010


Mais um dia 03 esta chegando. Só de pensar eu fico emocionada.

"Eu olho para você e tenho tanta, mas tanta alegria em saber que você existe."

Tati Bernardi