sexta-feira, 14 de outubro de 2011
A Insustentável Leveza do Ser - Milan Kundera
(...) Sem dúvida ela também acreditava bobamente que seu corpo era o escudo de sua alma (...)
(...) De fato as metáforas são perigosas..
Com as metáforas não se brinca. O amor pode nascer de uma única metáfora(...)
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Os miseráveis - Victor Hugo
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Desconhecido e muito lindo
Já me queimei brincando com vela. Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto,
Já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo.
Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista.
Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora.
Já passei trote por telefone.
Já tomei banho de chuva e acabei me viciando.
Já roubei beijo. Já confundi Sentimentos.
Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro,
Já me cortei fazendo a barba apressado, já chorei ouvindo música no ônibus.
Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer.
Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas,
Já subi em árvore pra roubar fruta.
Já caí da escada de bunda.
Já fiz juras eternas,
Já escrevi no muro da escola,
Já chorei sentado no chão do banheiro,
Já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante.
Já corri pra não deixar alguém chorando.
Já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só
Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado,
Já me joguei na piscina sem vontade de voltar,
Já bebi uísque até sentir dormente os meus lábios,
Já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.
Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso,
Já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.
Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.
Já apostei em correr descalço na rua, Já gritei de felicidade,
Já roubei rosas num enorme jardim.
Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um 'para sempre' pela metade.
Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol.
Já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão. Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração.
E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita: 'Qual sua experiência?'. Essa pergunta ecoa no meu cérebro:
experiência...experiência...Será que ser 'plantador de sorrisos' é uma boa experiência?
Sonhos!!! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos!
Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta:
Experiência? 'Quem a tem, se a todo o momento tudo se renova?
domingo, 14 de agosto de 2011
A viagem do elefante - José Saramago
...Partimos amanhã, disse, Já sabia, respondeu subhro, Virei aqui para me despedir, Voltaremos as ver-nos, perguntou o comandante, O mais certo é que não, viena esta longe de Lisboa, Tenho pena, agora que já eramos amigos, Amigo é uma palavra grande, senhor, eu não sou mais que um cornaca a quem acabaram de mudar o nome, E eu um capitão de cavalaria dentro de quem algo também mudou durante esta viajem, Suponho que por ter visto lobos pela primeira vez, Vi um há muitos anos, quando era pequeno, já mal me lembro, A experiência dos lobos devem mudar muito as pessoas, Não creio que a causa tenham sido eles, Então o elefante, É mais provável, se bem que, podendo compreender mais ou menos um cão ou um gato, não consigo entender um elefante, Os cães e os gatos vivem ao nosso lado, isso facilita muito a relação, mesmo que nos equivoquemos, a contínua convivência resolverá a questão, já eles, não sabemos se equivocam e disso têm consciência, E o elefante, O elefante, já lho disse outro dia, é outra coisa, em um elefante há dois elefantes, um que aprende o que se ensina e outro que persistirá em ignorar tudo, Como sabes tu isso, Descobri que sou tal qual o elefante, uma parte de mim aprende, a outra ignora o que a outra parte aprendeu, e tanto mais vai ignorando quanto mais tempo vai vivendo, Não sou capaz de te seguir nesses jogos de palavras, Não sou eu quem joga com as palavras, são elas que jogam comigo, Quando o parte o arquiduque, Ouvir dizer que daqui a três dias, Vou sentir tua falta, E eu a sua, disse subhro, ou fritz. O comandante estendeu-lhe a mão, subhro apertou-lha com pouca força, como se não quisesse magoá-lo, Vemo-nos amanhã, disse, Vemo-nos amanhã, repetiu o militar. Viraram as costas um ao outro e afastaram-se. Nenhum deles olhou para trás.
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Espreitando pela fresta a janela, via as pessoas andando pela garoa, com seus guarda chuvas coloridos, os filhos segurados pelo pulso.
Os postes logo começariam a acender, pensava ela, enquanto observa o céu cinza lá fora, na maioria das vezes sentia-se melancólica, sempre imaginava a casa gelada, os dedos no vidro frio da janela. Com a impressão constante de que a saudade vagava pela casa, abrindo livros, ligando o rádio, fechando a janela... desligando a TV. Ela então se cobria de sua raiva, em baixo dos lençóis, com a desculpa que o tempo estava frio, mentido para mais ninguém além de si mesma.
terça-feira, 26 de julho de 2011
O outro lado da meia-noite - Sidney Sheldon
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Orlando - Virginia Woof
quarta-feira, 13 de julho de 2011
terça-feira, 12 de julho de 2011
segunda-feira, 11 de julho de 2011
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Era uma tarde Outubro, talvez passasse a tarde a conversar, ou só observar-la, como se os anos nunca tivessem passado, como se a saudade retardasse os tantos meses que eu havia desaparecido da sua vida.
Eu podia ver o nervosismo tímido que ele tinha enquanto me olhava, passava a mão em sua barba mal feita. Eu olhava. Ele olhava, olhos se olhavam.
Talvez nunca quisera que esse dia chegasse. Lembro de um sonho, eu passando, você me remendando, eu então te olhava, só abraçava, tudo passava, as horas, as pessoas. Nada importava, e você sumia enquanto eu acordava para o trabalho. Com a saudade aguçada, uma ansiá estúpida de quer te ver.
Ele desceu as escadas, saiu pela porta sem despedidas, nem lamentos; enquanto ela parada continuava a se vestir frente ao espelho. O vento continuava a embalar os cabelos no rosto, foi então que acordou gelada e com frio, fechou a janela, enquanto via os dias lhe apontarem aquele eterno mês de julho.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
terça-feira, 14 de junho de 2011
O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry
- Bom dia – disse o príncipe.
- Bom dia – disse a flor.
- Onde estão os homens? – Perguntou ele educadamente.
A flor, um dia, vira passar uma caravana:
- Os homens? Eu creio que existem seis ou sete. Vi-os faz muito tempo. Mas não se pode nunca saber onde se encontram. O vento os leva. Eles não têm raízes. Eles não gostam das raízes.
-Adeus – disse o principezinho.
-Adeus – disse a flor.
O pequeno príncipe escalou uma grande montanha. As únicas montanhas que conhecera eram os três vulcões que batiam no joelho. O vulcão extinto servia-lhe de tamborete. “De uma montanha tão alta como esta”, pensava ele, “verei todo o planeta e todos os homens…” Mas só viu pedras pontudas, como agulhas.
- Bom dia! – disse ele ao léu.
- Bom dia… bom dia… bom dia… – respondeu o eco.
- Quem és tu? – perguntou o principezinho.
- Quem és tu… quem és tu… quem és tu… – respondeu o eco.
- Sejam meus amigos, eu estou só… – disse ele.
- Estou só… estou só… estou só… – respondeu o eco.
“Que planeta engraçado!”, pensou então. “É completamente seco, pontudo e salgado. E os homens não têm imaginação. Repetem o que a gente diz… No meu planeta eu tinha uma flor; e era sempre ela que falava primeiro.”
Mas aconteceu que o pequeno príncipe, tendo andado muito tempo pelas areias, pelas rochas e pela neve, descobriu, enfim, uma estrada. E as estradas vão todas em direção aos homens.
- Bom dia! – disse ele.
Era um jardim cheio de rosas.
- Bom dia! – disseram as rosas.
Ele as contemplou. Eram todas iguais à sua flor.
- Quem sois? – perguntou ele espantado.
- Somos as rosas – responderam elas.
- Ah! – exclamou o principezinho…
E ele se sentiu profundamente infeliz. Sua flor lhe havia dito que ela era a única de sua espécie em todo o Universo. E eis que havia cinco mil, iguaizinhas, num só jardim!
“Ela teria se envergonhado”, pensou ele, “se visse isto… Começaria a tossir, simularia morrer, para escapar ao ridículo. E eu seria obrigado a fingir que cuidava dela; porque senão, só para me humilhar, ela seria bem capaz de morrer de verdade…”
Depois, refletiu ainda: “Eu me julgava rico por ter uma flor única, e possuo apenas uma rosa comum. Uma rosa e três vulcões que não passam do meu joelho, estando um, talvez, extinto para sempre. Isso não faz de mim um príncipe muito poderoso…”
E, deitado na relva, ele chorou.
E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia – disse a raposa.
- Bom dia – respondeu educadamente o pequeno príncipe, olhando a sua volta, nada viu.
- Eu estou aqui – disse a voz, debaixo da macieira…
- Quem és tu? – Perguntou o principezinho. – Tu és bem bonita…
- Sou uma raposa – disse a raposa.
- Vem brincar comigo – propôs ele. – Estou tão triste…
- Eu não posso brincar contigo – disse a raposa. – Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa – disse o principezinho.
Mas, após refletir, acrescentou:
- Que quer dizer “cativar”?
- Tu não és daqui – disse a raposa. – Que procuras?
- Procuro os homens – disse o pequeno príncipe. – Que quer dizer “cativar”?
- Os homens – disse a raposa – têm fuzis e caçam. É assustador! Criam galinhas também. É a única coisa que fazem de interessante. Tu procuras galinhas?
- Não – disse o príncipe. – Eu procuro amigos. Que quer dizer “cativar”?
- É algo quase sempre esquecido – disse a raposa. Significa “criar laços”…
- Criar laços?
- Exatamente – disse a raposa. – Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo…
- Começo a compreender – disse o pequeno príncipe. – Existe uma flor… eu creio que ela me cativou…
- É possível – disse a raposa. – Vê-se tanta coisa na Terra…
- Oh! Não foi na Terra – disse o principezinho.
- A raposa pareceu intrigada:
- Num outro planeta?
- Sim.
- Há caçadores nesse planeta?
- Não.
- Que bom! E galinhas?
- Também não.
- Nada é perfeito – suspirou a raposa.
*dá vontade de colocar o livro todo aqui*
sexta-feira, 10 de junho de 2011
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Talvez eu faça uma reza mais braba.
Um novena dobrada.
Um jejum de quarenta dias.
Ou quem sabe, eu morra com essa agonia.
Eu sei, que se acaso nada disso for embora, eu te guardo novamente na memória, nos meus segredos que nunca digo.
Pois eu sei que já virou habito essa saudade estranha que sinto.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Já fui a possuída Sierva Maria de Caetano. Nas estórias de Gabriel o colombiano.
Chorei com Liesel do Markus Zusak.
Tive que escolher como Gjorg do Ismail Kadare.
Fui a Sabina de um Fraz do Milan Kudera, durante longos e eternos dias na minha vida.
Hoje sou uma infinidade de pedaços alheios, soltos em palavras, que alguém disse, escreveu, leu... cantou para mim.
Hoje ainda guardo na memória, uma saudade com cheiro de livros velhos. Umas músicas em discos riscados, com dias frios diferentes dos de hoje.
Quando comecei a escrever tive medo, de que no fundo gostava de sofrer um pouco.
Eu me sentia viva nas palavras, nos textos que me vinham com tanta facilidade, enquanto eu achava que a saudade era o medo de ter por perto.
quarta-feira, 25 de maio de 2011
.Pra quem mora em Brasília.
Tô virando um verdadeiro anuncio de eventos hein?! rsrs
Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, o Lago Paranoá será o cenário do Primeiro Festival das Águas.
Confira a programação:
Festival das Águas – 2 a 5 de Junho
Local: Concha Acústica – Lago Paranoá
Atrações:
- CPM 22
- Zeca Baleiro
- Jorge Aragão
- Ponto de Equilibrio
- NX Zero
- MV Bill
- Planta e Raiz
- Alceu Valença
- In Natura
E mais:
- Dudu Aire, Di Boresti, Surf Sessions, Tim Marley, 3 e Jah, Rafael Torres e Gabriel, H3.
Atividades:
Shows musicais,
Exposição de Oportunidades Ambientais Sustentabilidades, Emprego e Renda,
Esportes Náuticos,
Balonismo,
Vôlei de praia,
Futevôlei,
Bungee Jumping,
Skate – Half,
Motor Bike,
8º Corrida “Volta ao Lago”,
Brinquedos infláveis,
Artistas de rua,
Apresentações circenses.
Oficinas,
Fóruns, Seminários e Conferências,
Praça de Alimentação
Páraquedismo,
Show Room.
Projeto Educação Ambiental “Mar de Brasília”
Ah! pra quem gosta tem Pitty também.
terça-feira, 24 de maio de 2011
quinta-feira, 19 de maio de 2011
.Abril despedaçado. - Filme
- Quantos anos tu tem?
- vinte.
- A tua vida agora esta dividida em dois: os vinte anos que tu já viveu e o pouco que ainda te resta pra viver. Já conheceu o amor? Nem vai conhecer.
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- Nessa casa é os morto quem comanda os vivo. As vezes eu tinha vontade de que Tonho não voltasse.
- Não diga uma coisa dessa mulê.
- A piô das vida hômi é morrer feito bicho.
- Olha em volta mulê, o quê que sobrou?
- Nada.
- Pois então. Noís já perdemo tudo, se Tonho não voltar noís vamo também perder a honra.
Um dos melhores filmes, baseado em livros que eu já assisti. Um pouco diferente do livro mas a essência é a mesma.
Do livro Abril Despedaçado do autor albanês Ismail Kadare.
A vida de um jovem marcado para morrer.
Recomendo um dos melhores livros que eu já li e um dos melhores filmes que eu já assisti.
sábado, 14 de maio de 2011
Ninguém Escreve ao Coronel - Gabriel García Márquez
Sua voz começou a obscurecer-se de cólera.
"Estou me afogando em resignação e dignidade."
O Coronel não moveu um músculo.
- Vinte anos esperando os passarinhos de cores que lhe prometeram depois de cada eleição e de tudo isso nos resta um filho morto.
O coronel estava acostumado a esse tipo de recriminação.
- Cumprimos com o nosso dever - disse.
- E eles cumpriram com ganhar mil pesos por mês no senado durante vinte anos - replicou a mulher - Aí esta o nosso compadre Sabas, com uma casa de dois andares e que não dá para guardar todo o dinheiro, um homem que chegou na cidade com uma cobra enrolada no pescoço.
- Mas esta morrendo de diabete - disse o coronel.
- E você esta morrendo de fome - disse a mulher - Para que se convença de que a dignidade não se come.
Interrompeu-a o relâmpago. O trovão despedaçou-se na rua, entrou no quarto e passou rolando por baixo da cama, como um tropel de pedras. A mulher deu um salto até o mosqueteiro, em busca do terço.
O coronel sorriu.
- Isto lhe acontece por não refrear a língua - falou. - Eu sempre lhe disse que Deus é meu correligionário.
Mas, na realidade, sentia-se amargo. Um momento depois apagou a lâmpada e afundou-se a pensar, dentro da escuridão açoitada pelos relâmpagos. Lembrou-se de Mocondo...
quinta-feira, 12 de maio de 2011
segunda-feira, 9 de maio de 2011
.Pra quem mora em Brasília.
Eu adoro o som de cores que as músicas dela têm.
Pra quem mora em Brasília: Tem Cibelle no CCBB.
Mas tem muita gente talentosa nos próximos dias. #ficadica!
Live PA
6 Mai a 28 MaiLocal: Área Externa | CCBB DF
Horário: Sexta e sábado, às 22h30
Acesse o site da mostra clicando AQUI.
ENCONTROS
Dia 06 | Nina Becker e Moreno Veloso
Dia 07 | Thalma de Freitas e Gabriel Moura
Dia 13 | Pedro Sá e Jonas Sá
Dia 14 | Cibelle e Wladimir Gasper
Dia 20 | Dado Villa-Lobos e Renato Martins
Dia 21 | Kassin e Claudio Zoli
Dia 27 | China e Silvia Machette
Dia 28 | Domenico Lancelotti e Felipe S
SERVIÇO
Data: 6 a 28 de maio
Horário: Sexta e sábado, às 22h30
Local: Área Externa | SCES, Trecho 2, lote 22
Bilheteria/Informações: Terça a domingo, das 9h às 21h | Telefone: (61) 3310-7087
ENTRADA FRANCA
Classificação indicativa: 16 anos
quinta-feira, 5 de maio de 2011
"The art", crada em 1951 por Arne Jacobsen, é uma cadeira com três pernas, sem braços. A cadeira ficou conhecida por esta foto. O britânico Jack Profumo era secretário da Guerra quando se envolveu Christine Keeler, a modelo da foto.
O ensaio feito para promover uma filme. Uma cópia do ensaio foi roubada do fotógrafo Lewis Morley, e publicada na capa do tabloide Sunday Mirror.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Temo pelo amor que me é dado, do que nele, há de me ser requerido.
Temo os ponteiros dos relógios, as datas dos calendários.
Quando eu vi já tinha 23 anos.
E ai vida tem passado num estante de um.
Temo o estante de dois, Amor.
Ainda não me vejo no fim de tarde quente, sentada ao sol, em uma cadeira em frente a janela que dá para o jardim da casa, enquanto um pão de canela vai assando no forno.
Cozinhando a minha felicidade em banho maria, para conservá-la para o resto da vida.
Pois sei que serei feliz, com as certeza que tenho catado pelo caminho.
Mas temo de mim, tenho medo de eu.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
.Pra quem mora em Brasília.
Se a abaixo a programação:
10 às 14 - Oficinas culturais, esportivas e atividades infantis.
12 - Teatro Infantil
12:50 às 14:50 - DJs
14:50 - Repentistas
15:30 - Grupo Jenipapo
16:20 - Suzana Mares
17:00 - Ellen Oléria
18:00 - Pedro Paulo & Matheus - eu tenho um pé no sertanejo hehe
19:00 - Zezé de Camargo e Luciano.
Tem música para quase todos os gostos, é free minha gente!
Ellen Oléria tem uma voz poderosa, conheci em um desses shows da UNB. Me surpreendeu!
Pra que não conhece:
terça-feira, 26 de abril de 2011
segunda-feira, 18 de abril de 2011
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Fome - Knut Hamsun
terça-feira, 12 de abril de 2011
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Ah, se a juventude que esta brisa canta
Ficasse aqui comigo mais um pouco
Eu poderia esquecer a dor
De ser tão só pra ser um sonho
Daí então quem sabe alguém chegasse
Buscando um sonho em forma de desejo
Felicidade então pra nós seria
E, depois que a tarde nos trouxesse a lua
Se o amor chegasse eu não resistiria
E a madrugada acalentaria a nossa paz
Fica, ó brisa fica pois talvez quem sabe
O inesperado faça uma surpresa
E traga alguém que queira te escutar
E junto a mim queira ficar
E junto a mim queira ficar
E junto a mim queira ficar
E junto a mim queira ficar
Eu e a brisa - Caetano Veloso
quarta-feira, 6 de abril de 2011
.Eu sou Cult.
A britânica de apenas 22 anos possui uma voz super marcante, como diria minha amiga Vanessa, a Adele canta pra c#$%¨&*!
Adorei o ar Retrô da moça. Linda né?!
sexta-feira, 25 de março de 2011
quarta-feira, 23 de março de 2011
terça-feira, 22 de março de 2011
.Les Triplettes de Belleville.
Morro de vontade de assistir este, desde quando o lançaram.
Só tenho a trilha sonora.
Alguém tem o filme aê?!
Aqui nesse site tem a sinopse do filme,
só pra dar aquela vontade de ver.
quarta-feira, 16 de março de 2011
terça-feira, 15 de março de 2011
.Coisas sobre mim.
Coleciono casamentos, vestidos de noivas, interiores, móveis, frases, fotos lindamente indecorosas, segredos, lembranças, amores mal resolvidos.
Guardo versos, frases e livros.
Sou técnica em Sistemas de Informação, apesar de detestar informática, conheci muita gente, ganhei novos melhores amigos.
Quero estudar antropologia um dia.
Faço Design de Interiores atualmente, quero aprender a costurar de verdade, ser ótima na cozinha, ter uma casa pra chamar de minha, escritora nas horas vagas, amante por tempo integral, sem ter que me preocupar com as horas. Conhecer mais lugares.
Descobri que tenho dom pra muita coisa, que o quê me falta é dinheiro.
Gosto de Rock, MPB e Flash Back e vou conhecer o Coldplay esse ano.
Que namoro alguém nada a ver com meu estilo mas que faz de mim a pessoa mais completa.
Que à três anos atrás eu criei o blog só pra afogar as minhas mágoas e hoje tenho amigos, falo de amor, música, livros e decoração.
Que já escrevi mais, que hoje escrevo pouco, é quase nada.
segunda-feira, 14 de março de 2011
O Conto da Ilha Desconhecida - José Saramago
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Não sabemos namorar - Carpinejar
Agora dei para mascar chiclete com sabor melancia. Deveria esconder esse detalhe.
Mórbido para quem atravessou os 36 anos.
Mas vejo o quanto escondo o romantismo debaixo da mordida. Sou açucarado.
Meu beijo é diabético. Logo eu que passo uma imagem seca de bolacha de sal.
Vá lá, não vou sorrir para mim de noite ou pedir a benção para os apaixonados,
mas não acredito nesta história de acomodação no romance.
Que de uma hora para outra cansamos.
Não é cansaço, não é que paramos de seduzir porque conquistamos
e que não precisamos mais arrebatar com surpresas.
Não é que estamos seguros e não arriscamos mais.
Não é o conforto ou o domínio territorial.
Senão começaremos a acreditar que existe cupido.
E cupido é o mais cafona dos anjos.
Quem começa uma relação com cupido termina na fossa
repetindo os erros ortográficos das canções sertanejas.
Confio que há gente que não saiba namorar. Não sabe namorar, e pronto.
Supõe que é instintivo, natural, que é beijar, abraçar e os oceanos transportam a espuma.
Que basta amar e as relações funcionam. Mas as relações queimam pelo pouco uso.
A eletricidade enferruja.
Há gente que jura que namorar é cumprir um expediente depois do expediente:
jantar, conversar e transar.
Há gente que não quer namorar,
e sim uma amizade para dividir o que se é. Sem tensão. Sem cobrança. Sem nervosismo.
Que tudo está definido e seguro para o final do ano,
que não pode ser perdido no próximo minuto.
Eu acabei de perder o próximo minuto. Namoro é ambição.
É um final de semana a cada dia. É uma delicadeza insuportável,
antecipar os movimentos e agradar quando não se espera.
Gentileza em cima de gentileza, infindável.
Um cuidado para não magoar com aviso e pergunta,
com aquela educação concedida a gestantes e idosos.
Namorar requer uma atenção absoluta.
E não reclame: amar pode ser para toda a vida quando oferecemos toda a nossa vida.
Tem que se preparar, ceder, abrir espaço, oferecer, renunciar.
A inquietação nasce da paciência. A criatividade nasce de uma porta fechada.
É um extremismo terrorista. Explodiremos civis.
Durante algum desentendimento, mobiliza-se a genealogia da imaginação para escandalizar de novo. Carro de som, helicóptero, arranjos suicidas pela janela. Não é permitido ficar quieto, parado, para conversar a respeito. A conversa demora.
No namoro, não existe como ser egoísta. Egoísmo se deixa no JK.
É pensar pelo outro, com o outro, como o outro.
É ter uma lista de compra de mercado na ponta da língua, junto com o chiclete de melancia:
qual a pasta de dente que ela usa, o xampu, o condicionador, o azeite, o leite que toma, o suco... Desconhecer a geladeira da namorada é passagem direta para o congelador.
É entrar numa livraria e pensar no livro que ela vai gostar, é entrar numa loja e pensar um vaso que combinaria com sua sala, é entrar no cemitério e sonhar com um mausoléu para a família, sim, planejar a morte junto - nada mais romântico.
É entrar em si mesmo e lustrar as memórias mais distantes
para parecer órfão antes de sua chegada.
Agora dei para mascar a minha boca.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
but you open your umbrella when it rains...
You say that you love the sun,
but you find a shadow spot when the sun shines...
You say that you love the wind,
But you close your windows when wind blows...
This is why I am afraid;
You say that you love me too..."
William Shakespeare
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Fermina Daza estava na cozinha provando a sopa para o jantar, quando ouviu o grito de horror de Digna Pardo e o alvoroço da criadagem da casa depois da vizinhança. Atirou a colher de pau e tratou de correr como pôde com o peso invencível da idade, gritando feito uma louca sem saber ainda o que acontecia debaixo da copa da mangueira e o coração lhe estouro em estilhaços quando viu seu homem estirado de costas no lodo, já morto sem vida mas resistindo ainda um último minuto à chicotada final da cauda da morte para que ela sua mulher tivesse tempo de chegar. Chegou a reconhecê-la no tumulto através das lágrimas da dor que jamais se repetiria de morrer sem ela, e a olhou pela última vez para todo o sempre com os mais luminosos, tristes e mais agradecidos olhos que ela jamais vira no rosto dele em meio século de vida em comum, e ainda conseguiu dizer-lhe com o último alento:
- Só Deus sabe quanto amei você.