
Tinha bebido o bastante para não sentir se culpada,
Notou quando errou a boca da garrafa.
Quando o fitou com timidez aguçada.
Da vontade que sentia, todas as vezes que notava
A sobrancelha dele levantada,
O significado de alguma palavra.
E não diria que estava cansada.
Ou quantas vezes o choro a arrebatou.
Ou quantas vezes sentiu um peso no peito, por causa da dor.
De como não sabia até quando iria.
Com a conclusão de amor sofrido e dissimulado
Que vivia das migalhas
Do amor que um dia lhe foi declarado.
Optou pela ebriedade que o vinho amargo trazia.
Dos ouvidos atenciosos que a ouvia.
Era uma noite de Outubro
Que até o céu estrelado se rendia
A evocação ao amor
Que noite possuía.