Fazes-me sentir assim... Deixe-me explicar
O indefinido tem formas.
O incerto tem certezas.
Sentidas, ou quem sabe inexistente.
Pausadas mas acontecidas.
Quando me procuras
Quando dizes que estas com saudades
Que te lembras de mim.
Da nossa maneira, da nossa forma.
Moldo-te com meus dedos, te moldo na mente.
Não digo que te amo... Ainda não
Talvez amanhã, talvez não.
Não posso dizer nem que sim, nem que não.
Sou tão confusa ao falar em você.
Porque é a saudade que me toca.
Não é só a saudade do teu beijo ou do teu corpo
A saudade que me toca vai além do abstrato.
É tão surreal o que sinto.
Não digo que te amo... Ainda não.
É como se os teus ouvidos, a tua presença se tornasse mais necessária que qualquer outra companhia.
Que qualquer outra presença
Desejar tê-lo por perto apenas para sorrir
Dividir as ansiedades contar as fúteis novidades.
Te olhar, prestar atenção no movimento dos teus lábios quando canta
Quando me olhas e fico por esperar que me beijes.
Finjo que não esperava... Eu sempre finjo
Eu sempre quero... Sempre te desejo
Que confuso tudo isso.
És para mim amigo.
Mas quando te olho assim, desse jeito como agora te descrevo.
Desejo-te não como amigo, mas como amante.
Não digo que te amo... Ainda não.
Queria... Talvez sim, talvez não.
Que desorganização profunda!
Queria ser mais certa do que sinto.
É confuso dizer que te quero como amigo.
Quando meu coração acelera ansiosa pela sua chegada.
É confuso para mim te desejar como homem
Se não lembro do teu cheiro
Se não me sinto segurança em te dar algo a mais
Mais de mim.
Não sei se tenho medo de amar
Ou se isso é medo de errar.
Então deixo assim como esta, sereno.
Ela senta, lembra, deseja e chora.
Ela olha, lembra, deseja e chora.
Ela pensa, olha, sorri e deseja.
Ela olha, pensa e sorri por ver que não vale mais a pena chorar.
Tudo passa...
Ela aprende, sorri e segue em frente.
Adoro ser mulher!
